Campanha Salarial 2016
O SINPEMOR entende que as demandas sociais que envolvem os problemas relacionados aos EDUCADORES de Osasco são grandes, no entanto, em função de ser o salário do professor de Osasco o PIOR da região metropolitana, elencamos como PRIORIDADE DE CAMPANHA SALARIAL a reposição minimamente das perdas inflacionárias dos últimos 18 anos.
Protocolamos junto ao Gabinete do Prefeito um Ofício com estudo minucioso sobre as PERDAS INFLACIONÁRIAS que o Magistério de Osasco vem acumulando ao longo dos anos, com intuito de demonstrar a necessidade emergencial de se estabelecer políticas públicas de recuperação destas perdas.
Iniciamos demonstrando um quadro dos salários iniciais de professores de algumas cidades que apresentam uma arrecadação similar ou próxima à de Osasco e outras com receita muito menores:
CIDADE
Osasco
Campinas
Jundiaí
Paulínia
SBC
Cotia
Itapevi |
CARGO
PEB I
PEB I
PEB I
PEBI
PEB I
PEB I
PEB I |
CARGA
HORÁRIA
21horas 27horas
21horas 40horas
30horas
26horas
30horas 30horas
30horas |
SALÁRIO INICIAL
1.300,54 1.672,11
2.371,20 4.516,58
3.654,45
3.314,60
2.267,84
2.188,30
2.171,56
|
Fonte- últimos editais de concurso em cada cidade.
Pensando em tornar o estudo de fácil interpretação, selecionamos o cargo de PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I como referencia para este estudo, entendendo que os resultados de perdas se aplicam aos demais cargos docentes de Osasco. Seguem os quadros com informações a respeito dos salários entre 1998 a 2016 e um quadro com o acumulado da inflação do mesmo período.
Segue os quadros:
Quadros/gráfico I- Inflação acumulada entre os anos de 1998 a 2016
ANO | ÍNDICE DA INFLAÇÃO DO ANO | ÍNDICE DA INFLAÇÃO ACUMULADA |
1998
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
|
1,65 %
8,94 % 5,97 % 7,67 % 12,53 % 9,30 % 7,60 % 5,69 % 3,14 % 4,46 % 5,90 % 4,31 % 5,91 % 6,50 % 5,84 % 5,91 % 6,41 % 10,67 % 2,90 % (MARÇO)
|
1,65 %
10,59 % 16,56 % 24,23 % 36,76 % 46,06 % 53,66 % 59,25 % 62,39 % 66,85 % 72,75 % 77,06 % 82,97 % 89,47 % 95,31 % 101,22 % 107,69 % 118,36 % 121,26 % |
Fonte- Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC).
Quadro/gráfico II- Valores dos salários do professor de Educação Básica I em 1998 e em 2016 e o percentual de elevação destes valores.
Salário do PEB I em 1998 – ano que se inicia o recebimento do FUNDEF/FUNDEB
Salário do PEB I em 2016. | Percentual de reajustes do salário do PEB I entre os anos de 1998 a 2016. | |
Carga de 20 horas
596,30 + 120,00 de Abono = 716,30/ hora aula de 7,16
Carga de 27 horas 805,00 + 120,00 de abono = 925,00/ hora aula de 7,16 |
Carga de 21 horas
Acréscimo de 1 h\a- Art. 42º da lei 168\2008
1.300,64/ hora aula de 12,37
Carga de 27 horas
1.672,11/ hora aula de 12,37 |
Foi reajustado = 81,6%
Foi reajustado = 80,77%
Em média, houve um acréscimo de= 81,18% |
Fonte Lei Complementar Municipal 3426/1998 e 297/2015
Foi aplicado de reajustes nos salários entre 1998 a 2016 o total de 81,18% e o percentual da inflação acumulada foi de 121,26%. A diferença entre ambos é de 40,08%, esta diferença equivale PERDAS INFLACIONÁRIAS nos salários.
Os números não mentem, o professor de Osasco está sem aumento real a mais de 18 anos e hoje com perdas inflacionárias de 40,08%.
Apesar de não termos feito uma exposição dos salários dos PEB II, as perdas se equivalem.
Os PROFESSORES DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL I e II, que atuam nas creches, ainda amargam salários menores que os salários dos professores de educação básica I, pois as suas horas aulas equivalem a 10,37 para PDI I e 10,90 para PDI II, enquanto a hora aula do PEB I está em 12,37, para exercerem as mesmas funções… Docência na Educação Básica!
Este estudo reforça a importância de que ENTIDADES SINDICAIS devam priorizar estabelecer diálogo com a administração para se criar meios que amenizem estas perdas.
Leia o nosso Jornal: https://sinpemor.files.wordpress.com/2013/02/jornal-sinpemor.pdf
2015, um ano amargo para o povo trabalhador, porém, de esperanças com e para as novas gerações
Por: Correio da Cidadania – 20 Anos
Escrito por Waldemar Rossi
Se bem que os trabalhadores brasileiros não tenham como e por que esperar por dias melhores ao longo de suas vidas, também não há certeza de que “dias piores viriam”, apesar de todos os sinais dos tempos políticos e econômicos. Mas o trabalhador não encontra tempo para mergulhar em análises sociopolíticas; é escravo do tempo que usa para ir e voltar do trabalho e pelas longas horas de sua jornada em busca do necessário para garantir a sua sobrevivência e a de sua família. “Informa-se” pelo noticiário da Globo ou lendo as manchetes de jornais, que nada informam, e vai caminhando no mundo das incertezas.
Assim, apesar das muitas evidências de que o ano seria duro, o trabalhador que ainda estava no emprego tinha esperanças de que 2015 seria menos ruim que os anteriores. Por outro lado, aquele que já estava desempregado alimentava ao menos a esperança de conseguir um bom emprego com salário que desse para “remediar” as dificuldades rotineiras de uma casa de quem vive do seu ganha-pão.
Na medida em que os meses foram se sucedendo, o homem e a mulher que trabalham foram percebendo que suas esperanças calcadas no sistema que nos governa estavam indo água abaixo. Progressivamente, foram sentindo que seus dias amargos poderiam chegar, fazendo aumentar as angústias também rotineiras em suas vidas. Para milhões desses lutadores, o “dia D” chegou com a notícia de que estavam desempregados.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre janeiro e novembro deste ano foram fechadas 945.363 vagas de trabalho com carteira assinada. Em doze meses (dezembro 2014 e novembro 2015), o país fechou 1.527.463 postos de trabalho. Porém, os números são frios e não abordam os dramas originados pelo desemprego na vida daqueles que, enquanto no trabalho, deram parte de suas vidas para gerar a riqueza para as empresas e seus empresários. O universo capitalista é perverso, cruel, frio, gera crimes hediondos camuflados pela mídia mancomunada com o mundo empresarial.
Como dito, os números são frios e nem sempre mostram a verdade. Quando os dados oficiais revelam os números do desemprego não estão revelando os dados referentes à rotatividade do trabalho. Quantos outros trabalhadores também ficaram desempregados, por algum tempo, para conseguir novo emprego, em geral com seus salários rebaixados? Sem dúvidas, esses vão muito além dos números oficias do desemprego. E, assim, de rotatividade em rotatividade, sobretudo em épocas de crise para a economia capitalista, o padrão de vida do assalariado vai sendo reduzido progressiva e cruelmente, sem que ele se dê conta do abismo em que está sendo jogado.
Apesar do sistema e seus crimes, nem tudo são trevas. Novas gerações vão se insurgindo contra todos esses desmandos, desacreditando nos políticos, nos partidos, nos governantes e nas instituições. São os jovens que consciente ou inconscientemente ainda se dão conta de que já não dá para esperar pelos “de cima” e, aos poucos, vão descobrindo novas formas de fazer política, a sua política, que vem de baixo cutucando os de cima.
Foi assim em 2013 com a rebeldia de algumas centenas de milhares de jovens que ousaram ocupar as praças e ruas das nossas cidades, protestando contra tudo e contra todos, não apenas para exigir o “passe livre”. Foi a mescla de gerações quarentonas e gerações realmente jovens que não se intimidaram diante do extraordinário e violento aparato policial dos vários estados.
Para muitos, ficou a sensação de que “a onda” havia passado. Esqueceram-se de observar que a brasa continuou viva, embora encoberta por vários tipos de cinzas, para explodir com muita força, coragem e vigor, na ocupação das centenas de escolas estaduais do estado de São Paulo – o que agora contagia os secundaristas de Goiás.
Por incrível que possa parecer, a mídia canalha não conseguiu, como de costume, jogar a opinião pública contra a garotada. Nem mesmo os instrumentos de pesquisa conseguiram camuflar os dados, pois tiveram de revelar o óbvio: a maioria da população paulista estava contra o governo e a favor da luta pela justiça. Caiu o todo poderoso Secretário da “Educação” e o arrogante governador se viu forçado a baixar sua crista. Claro que essa guerra não acabou.
Os reacionários não se deram por vencidos e tentarão repetir a traição praticada contra a juventude, pela então secretária da Educação dos tempos de Mario Covas, Rose Neubauer, que fez nosso sistema de ensino se transformar num dos piores entre os 27 estados brasileiros.
A guerra não acabou também para essas novas gerações que, “aos trancos e barrancos”, vão fazendo seu aprendizado político e descobrindo que podem ser os protagonistas das mudanças estruturais de que este país tanto necessita.
Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo.
Resolução: Não ao impeachment. Contra o ajuste fiscal. Fora Cunha!
Por: Intersindical Central da Classe Trabalhadora
A Intersindical Central da Classe Trabalhadora, por meio da sua Direção Nacional reunida na capital paulista nos dias 12 e 13 de dezembro, considera:
1- que a abertura de processo de impeachment da presidente da república é ilegítimo. Para nós, ser contra o impeachment não se traduz em apoio ao governo Dilma, que adota uma política indefensável, com um ajuste fiscal que joga sobre os ombros da classe trabalhadora os custos da crise. No entanto, o “fora Dilma” permitiria a Michel Temer aplicar o programa que o PMDB negociou com o grande capital, como: mais privatizações, reforma da previdência que estabelece idade mínima de 65 anos para aposentadoria, desvinculação do benefício previdenciário ao salário mínimo, terceirização geral e irrestrita, negociado sobre o legislado, fim da destinação constitucional de recursos para educação e saúde públicas entre outras medidas, como a redução da maioridade penal que demonstram que a destituição de Dilma não será seguida por um governo progressista ou comprometido com interesses da maioria do povo brasileiro. Nesse sentido, ser contra o impeachment é pela democracia e contra o avanço do PMDB e da direita;
2- quem deve ser impedido de prosseguir no cargo é Eduardo Cunha, com “seus” milhões na Suíça, crimes de lavagem de dinheiro, chantagens e manobras golpistas à frente da Câmara dos Deputados. O nefasto Cunha comandou uma maratona de ataques aos direitos trabalhistas, da juventude pobre e negra, das mulheres, dos indígenas, da comunidade LGBT, da democracia, com o financiamento empresarial de campanhas e se constitui como representante do que há de pior na política brasileira.
Diante do exposto, nossa Central resolve:
1- Seguimos na construção da Frente Povo Sem Medo e reafirmamos a nota que se posiciona contra o impeachment, contra o ajuste fiscal e defende a destituição do indecoroso Eduardo Cunha do mandato de deputado;
2- participar das mobilizações que tenham como mote esses três eixos, como os que ocorrerão no dia 16 de dezembro. Não participaremos de atos que não respeitem esses eixos e que sejam de apoio acrítico ao governo. Nossa tarefa é lutar contra o impeachment, pelo Fora Cunha Cunha e contra a política econômica restritiva, que levou à recessão e aumento do desemprego e corte de investimentos sociais.
Nos somamos ao conjunto das organizações populares e democráticas de nosso país dispostas a construir ampla unidade a fim de combater os ataques e resistir à agenda regressiva de direitos que domina a pauta política do país. Barrar a ofensiva da direita, derrotar o ajuste fiscal dos governos federal, estaduais e municipais e ganhar força para recolocar na pauta do país as reformas populares como a tributária, urbana, agrária, democratização das comunicações, auditoria da dívida pública e outras medidas que cheguem à raiz dos principais problemas que afetam a maioria do povo brasileiro.
Que os ricos paguem pela crise!
São Paulo, SP, 13 de dezembro de 2015
Direção Nacional da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Nota da Secretaria Geral da Intersindical sobre a abertura do processo de impeachment
Postado: INTERSINDICAL CENTRAL DA CLASSE TRABALHADORA
O impeachment da presidente não é uma medida para beneficiar o povo brasileiro. Ao contrário, o “fora Dilma” permitiria a Temer aplicar o programa que o PMDB negociou com o grande capital, como aposentadoria só depois dos 65 anos (60 se mulher) e desvinculação da aposentadoria ao salário mínimo, terceirização geral, prevalência do negociado sobre o legislado que acaba com os direitos trabalhistas, fim da destinação constitucional de verbas para a saúde e educação públicas.
Quem deve ser impedido de prosseguir no cargo é Eduardo Cunha, que não tem legitimidade para ser presidente da Câmara. “Seus” milhões na Suíça, suas mentiras e chantagens provam isso. Sem falar de sua atuação para acabar com os direitos trabalhistas, das mulheres, da juventude pobre, dos indígenas.
Ser contra o impeachment da presidente não significa apoiar o governo e sua política indefensável. É preciso derrotar o processo de impeachment, mas também combater o ajuste fiscal do governo Dilma que joga a crise nas costas do trabalhador.
A maioria do povo brasileiro tem razão para estar enfurecida com a presidente. Por isso, devemos fazer pressão total pela reversão dessa política recessiva, que eleva o desemprego, destrói políticas públicas e leva milhões de pessoas ao desespero. Mas não podemos nos deixar enganar por uma campanha orquestrada para impor um governo ainda mais comprometido com os interesses antipopulares.
Essa campanha da direita não visa acabar com a corrupção no Brasil ou punir a chamada “pedalada fiscal”. Objetiva, na verdade, garantir renda pública e do trabalho para restabelecer a acumulação expandida do grande capital, mesmo que isso signifique ampliar a exploração sobre o povo e agravar a crise social.
Secretário Geral da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora